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domingo, 4 de abril de 2010

Enfim o fim...


"Os filhos são para as mães as âncoras da sua vida."

Sófocles



Sempre tive muita dificuldade para me expressar. Sempre fui muito tímida e por muitas vezes deixei de falar para as pessoas algo importante ou até mesmo não tão importante, por medo ou simplesmente não saber como falar. Parece que algo me trava, bloqueia as palavras e nada sai.
Mas de uns 4 anos pra cá descobri uma forma de expressar muito do sentimento que ficava “engasgado na garganta e no peito”. Comecei a escrever...
No início passei a escrever porque me empolguei com a “modinha” das fanfics ou web novela (Como queiram). Eu lia muita fic nas comunidades do Orkut e, um belo dia, resolvi escrever uma também. Postei de bobeira, não pensava que iria dar no que deu. Eu nem ao menos imaginava que iria terminar aquela primeira história e escrever outras. (Se bem que a minha primeira – a Vuelve – já está numa 3ª temporada e eu ainda não a terminei oO)

Escrever passou a ser pra mim um meio de expurgar muita coisa ou, como disse no post anterior, um meio de libertação.
Alguns dizem que quando escrevemos vamos colocando no papel o que esperávamos das nossas vidas, tem muito da gente ali naquelas palavras. Muitas experiências, muitas alegrias, dores, insatisfações, esperança... É uma verdadeira entrega.
As personagens passam a fazer parte da nossa vida. A gente chora com eles, ri com eles, vibra, torce e sofre. Passamos, de certa forma, a viver aquela vida também por um longo tempo.

Por quase três anos eu vivi as aventuras e desventuras dos personagens da minha mais recente finalizada história – a Continuo te amando.
Essa história, na verdade, já passava pela minha cabeça a muito tempo, antes mesmo de eu sonhar em escrever. (antes escrever nem passava pela minha cabeça, só as histórias que ficavam “circulando” pela minha mente antes de dormir. Rs) Eu imaginava a história de uma mãe desesperada por uma filha e do imenso amor e do grande laço que une uma relação como essa. Então, quando terminei a minha primeira história, aquela historinha que “passeava” na minha cabeça antes de dormir, voltou a me “atormentar” e foi aos poucos criando forma.

Eu tinha o enredo, fui dando vida aos personagens e de repente já estava ansiosa para começar a escrever. No início, pensei que não ia ter muitas leitoras, pois não se tratava de um romance, a história não tinha como tema o amor entre um homem e uma mulher, falava de amor, mas o amor materno.
Não sei se foi pelo drama (adoro um drama), não sei se é porque eu tenho leitoras fiéis e amigas, o que sei é que parece que deu certo. (rsrs) Fui montando a Continuo te amando, algumas vezes à base da inspiração, outras à base da transpiração (MUITA TRANSPIRAÇÃO), mas enfim cheguei ao fim.

Sei que errei a mão, tenho consciência disso. Acho que dramatizei demais, exagerei em algumas coisas e deixei outras em aberto. Mas também acho que consegui acertar a mão em muitas coisas, consegui emocionar, consegui fazer minhas leitoras terem as minhas personagens como alguém da sua família, consegui fazer com que vibrassem, tomassem partido por elas e “vivessem” um pouquinho daquele drama familiar.
Acho que ao menos consegui mostrar que apesar do peso que a palavra mãe tem, esta além de amar incondicionalmente, além de ser devota a um filho, erra, comete enganos... É muito fácil a gente crucificar e julgar alguém, a gente achar que por aquela pessoa ter o nome de mãe, ela deve ser de certa forma “perfeita”. Mas não é bem assim... Creio que ser mãe é primeiramente ser humana, e, como todo ser humano, aprender com seus erros e acertos, principalmente com os erros. Os erros fazem parte da vida. Ah... e como fazem...

Não sei se tive mais acertos do que erros ou mais erros do que acertos na Continuo te amando. Só sei que é muito difícil dar ritmo a uma história escrita e postada desta forma. Podem acreditar... O trabalho é árduo. Quando um autor escreve um livro, ele monta toda a sua história e dá ela pronta para que possamos ler. Mas no caso de autores de fics e web novelas, não. A gente sofre a influência de vocês, quer de certa forma agradar os leitores, muda um pouco o enredo devido a algumas opiniões e, por muitas vezes, ficamos indecisos acerca do que fazer. Escrever a Continuo te amando foi um desafio, mas agora me sinto aliviada. Eu consegui! Escrevi a palavra fim ali.

Apesar de que... Um dia eu vou “pegar” essa história e revisá-la. Ela ainda não está pronta, não está acabada. Ainda não estou satisfeita. Terminei porque eu precisava terminar. Precisava fechar esse ciclo, pois já estava angustiada pela falta de tempo. Por enquanto ela vai continuar assim. Não sei se um dia eu a mostrarei pra vocês, pois não sei quando irei fazer isso.
Só espero que eu tenha conseguido passar alguma mensagem... Mostrar que apesar de tudo, o amor que aquela mãe tinha pelas suas filhas era incondicional e irrevogável, um amor que nunca deixaria de existir.

3 comentários:

Mari Meirelles disse...

Adorei...eu acompanhei CA!
Gosto do modo como escreve...comigo também acontecia isso, de travar, hoje eu tb tenho um blog e me expresso!...

Beijocas...

Izabella de Melo disse...

Acabou? =/
Tenho que me att oO

Eu já tentei escrever uma web, mas descobri que sou melhor leitora do que escritora e olha que nem sou tão boa leitora assim, comento uma vez na vida outra na morte. O meu blog estar fazendo eu me expressar melhor, ainda não dá para escrever um livro, mas quem sabe um dia ;)

Beijinhos

aline disse...

adorei..... queria que você fizesse um pra mim, se não for pidir muito néh.... queria que você fizesse uma carta pra minha irmã me perdoar por uma coisa que eu fiz pra ela muito grave queria que ela me perdoase..