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segunda-feira, 29 de março de 2010

Carta à minha irmã,


É a primeira vez que te escrevo algo. Pra ser sincera, eu até já tentei te escrever algo, foi no Natal passado, mas acabei travando. Te dei o presente e nem uma dedicatória eu fiz. Que coisa feia! (rs)

O problema é que eu não consigo, muitas vezes, expressar ao certo o que sinto. Não que eu não sinta nada, sabe? Eu só não consigo “colocar pra fora”, mostrar isso.

Uma das formas que me ajuda nessa expressão do eu, é a escrita. Escrever anda me libertando ultimamente. Parece que quando a gente passa para o papel, tudo fica mais fácil. Eu, pelo menos, consigo me expressar muito melhor. Fora que não correrei o risco de ficar vermelha igual a um pimentão ou começar a gaguejar.... A vergonha é menor. (rs)

Estranho isso, não? Nós somos irmãs, temos o mesmo sangue (pelo menos parte dele), dizem que a gente é a “cara de uma, focinho da outra”, não deveria ter esse receio, essa distância, essa timidez.... Porém, a vida da gente foi um tanto, como posso dizer... “diferente”. Somos irmãs, mas não tínhamos AQUELA ligação, AQUELA irmandade, não crescemos juntas. Sabíamos que éramos irmãs... Apenas isso.

Ainda bem que com o tempo as coisas mudaram. Aos poucos, fomos nos aproximando, fomos nos conhecendo, aprendemos uma com a outra, e que surpresa a minha: descobri que temos muito mais coisas em comum do que poderia imaginar. Você passou a fazer parte da minha vida. Hoje, você é uma das primeiras pessoas pra quem eu quero contar alguma novidade, algo de importante que aconteceu comigo. É pro seu número que eu ligo quando quero dizer algo importante ou apenas pra dizer alguma besteira. Você torce por mim, vibra comigo, mas também “tira” muito com a minha cara. (tenho um sério problema com isso. Não sei por que, mas as pessoas adoram “tirar” com a minha cara)

Engraçada essa vida... Ela me concedeu um desejo que eu já tinha me esquecido. Me deu uma irmã, uma irmã de verdade! (de sangue e no sentido mais bonito da palavra – uma irmã no sentimento/amiga)

Mesmo depois de tantos anos, a vida me presenteou com isso. Uma irmã com quem eu posso compartilhar as minhas coisas, dividir as alegrias e também as tristezas. Ensinaram-me, e eu sempre acreditei nisso, que os laços que unem um irmã, são laços eternos e que durarão pra sempre, seja a circunstância que for. Fico imensamente feliz que o nosso laço não esteja mais frouxo. Ele está firme, e isso não tem preço. Espero que realmente seja pra sempre.

Hoje fazemos o que todas as irmãs “normais” fazem. (não que nós éramos anormais, ok? Eu não sou anormal. Só de vez em quando.) Conversamos horas e horas sobre assuntos sem importância, confessamos algumas dores, rimos da gente e dos outros, falamos da gente e dos outros (essa é uma das melhores partes), e você, como irmã mais velha que é, ainda faz comida pra mim. E fala a verdade!!! Eu também contribuo. Te eduquei!!! Você agora lê coisas mais interessantes. Isso que é ser irmã de verdade. (kkkk)

Brincadeiras a parte... Contar com você deu a minha vida mais luz, mais alegria, mais confiança. Ter a sua família como um pouquinho minha, também deu ao meu mundo uma nova cor, uma nova cara... Obrigada por me deixar fazer parte disso, obrigada por fazer parte de mim. Obrigada por mesmo tendo interesses, ocupações e objetivos diferentes, termos estado tão próximas, estarmos tão juntas.

Minha irmã, minha amiga, mesmo com tanto tempo para nos descobrirmos como tal, quero te dizer que o carinho que sinto por você é imenso e indescritível, pois VOCÊ é especial.

Amo você!!!

3 comentários:

Nanda ⋆ disse...

Ficou simplesmente linda *-*
Queria ver a cara dela HAUSHUAHSUAHSUAS

Unknown disse...

carta linda de onde vc tirou tanta criatividade eu nao to conseguindo nem sai do lugar aki pra escrever pra minha irma

rockeira com orgulho disse...

nossa eu irei escrever isso pra minha mana gemia