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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tempo: Uma agonia para quem espera...




Clare: É duro sobrar. Espero Henry, sem saber dele, me perguntando se ele está bem. É duro ser quem fica. Mantenho-me ocupada. Assim, o tempo passa mais depressa. Durmo sozinha e acordo sozinha. Caminho. Trabalho até cansar. Olho o vento brincar com o lixo que passou o inverno inteiro debaixo da neve. Enquanto a gente não pensa nas coisas, elas parecem simples. Por que a ausência intensifica o amor?

Há um tempo, a Marciana me falou do livro “A mulher do viajante no tempo”, e inicialmente ele não despertou em mim muita curiosidade. Mas quase toda vez que o assunto livro permeava a nossa conversa, ela voltava a citá-lo. Fui atrás do livro pra saber sobre o que falava. Quando li a sinopse, achei interessante, mas quando vi o preço, desanimei. Eu já tinha comprado um monte de livro e não ia gastar mais. Só que eu descobri que haviam feito uma adaptação para o cinema, vi o trailer e me encantei pela história. A primeira vontade que tive foi baixar o filme, queria assisti-lo, mas se o fizesse iria perder toda a graça de ler o livro.

Num rompante de loucura eu o comprei. (digo loucura porque além dele comprei mais sete livros) Fiquei namorando o livro por três dias, mas como eu estava lendo outro, me segurei para não começar a leitura dele, pois eu não consigo me “prender” a duas histórias ao mesmo tempo.

Assim que terminei “Marcada” (ainda farei a resenha desse livro e postarei aqui), me entreguei à história de “A mulher do viajante no tempo”. Confesso que no início eu fiquei meio... a palavra não é decepcionada, não sei que palavra usar, mas eu esperava tanto do livro que eu achei que ele não ia ser tudo o que eu imaginava. Porém, continuei com a leitura e SIM! O livro era tudo o que eu imaginava. Quer dizer... ele é muito mais do que eu imaginava.

O livro conta a história de Clare e Henry. Não uma simples história, mas uma linda história de amor. Quem começar a ler, pode achar um pouquinho estranha a narrativa, pois a autora não tem uma ordem cronológica exata. Ela brinca com o passado, o presente e o futuro.

Nós conhecemos Clare criança, aos seis anos, quando ela vê Henry pela primeira vez – ele com quarenta e um anos – Ele apareceu do nada, nu e disse a ela que era um viajante no tempo, a garotinha no início não acreditou, mas ao ver Henry desaparecer na sua frente notou que o que ele falava era verdade.

A partir daquele dia, Clare esperava ansiosa pelas visitas daquele viajante e a história dos dois começa de certa forma ali, pelo menos para ela. Para Henry; quando ele já tem vinte e oitos anos. Parece estranho, mas não é, pois a autora sempre nos indica a data e quantos anos cada um tem e também nos mostra a visão de Henry e de Clare, uma vez que os dois narram.

O que mais me emocionou no livro foi o amor de Clare. Ela amou Henry por toda a sua vida e conhecemos cada etapa desse amor, à medida que os anos passam. Clare o amava tanto que o esperava, esperou até a idade adulta, esperou mesmo depois de casados, esperou até o fim...

Tinha momentos que eu me perguntava por que ela queria viver aquilo, porque ela insistia em viver com um homem totalmente imprevisível, como alguém poderia ser feliz assim? Discordava de algumas coisas, pois achava que Clare não havia tido uma escolha. Para mim, no início, achava que aquilo tudo era de certa forma uma “imposição”. Mas ao longo da história pude perceber que Clare teve uma escolha, ela escolheu ficar com Henry. O amor é mais forte, o sentimento que os une (isso é tão clichê) era tão intenso que acho que aquilo era sim a vida dela, uma escolha dela, algo que não tinha como não viver. E por mais que Henry ficasse ausente, o amor entre eles não diminuía. Sem falar que quanto mais Henry “conhecia” Clare – a menina, a jovem e a mulher – se apaixonava mais por ela.

Uma história para ser sentida, emocionante e quando termina você fica com um pesar porque acabou. Você quer terminar de ler, mas quando isso acontece, há um vazio. Foi assim que me senti.

Uma das mais belas histórias de amor que li, fala sobre o tempo, porém é atemporal, pois creio que será uma história que nunca se perderá e emocionará várias gerações.

Tempo... Muitas vezes um maldito que separa grandes amores, castiga amantes... Mas que também intensifica e fortalece o amor quando ele é verdadeiro.


Título: A mulher do viajante no tempo

Autor do Livro: Audrey Niffenegger

Editora: Suma de Letras

Nº de páginas: 453

8 comentários:

Unknown disse...

Adorei sua resenha s2
Esse livro é lindo mesmo, maravilhoso!!! Eu não aguentei e chorei mesmo, litros.
O amor dos dois é lindo e inevitável.

Luana Rodrigues Farias disse...

Nossa todo mundo fala desse livro é impresionante.

bjs

;Lili disse...

Esse livro é muito bom! Valeu à pena cada centavo.

Chorei mais nas tentativas da Clare de ter um filho.

Fernanda Assis disse...

Nossa este é um dos meus livros favoritos, é tão lindo e tão romântico, tem frases perfeitas mas também é tão triste, chorei horrores.

Engraçado que eu nunca contestei durante a leitura o fato dela gostar dele e tbm nunca imaginei que ela pudesse desistir...não sei se é pelo fato dele ja contar q eles estavam juntos ou se pela força da Claire mesmo.

A resenha está ótima, adorei :)

bjoo

Ana Elisa disse...

Adorei o blog e vou seguir!
Veja o meu tbm: www.viverparaler.blogspot.com

bjs

RêFofura disse...

Adorei a resenha! \o/
Eu já tinha ouvido falar desse livro, mas nunca tinha lido nenhuma resenha! Só fiquei com vontade de ler hahahah mas tô decretando falência :S

Beijinhos! =*

Izabella de Melo disse...

também assisti o filme e ainda não li o livro.
Mas já falaram tanto dele que estou doida pra ler.
Quando eu tiver tempo tentarei.

PS: eu queria poder ter um rompante de loucura como o teu rsrs

Marcella disse...

Ae, eu já disse que fico até emocionada com essa minha indicação indireta? hahahaha